Essa técnica vai estimular sua conexão com a força feminina proveniente da Terra!
As mulheres estão se interessando mais por sua essência e tudo que pode as reconectar com o sagrado feminino. Descubra como plantar a lua ajuda nesse processo.
Você já ouviu falar sobre plantar a Lua? Esse ritual surgiu na era paleolítica e vem sendo readaptado para nossa realidade nos últimos anos. Durante a lua (período menstrual), as nossas antecessoras femininas com o ciclo regulado, reuniam-se em um lugar chamado de tenda vermelha.
A tenda só permitia o acesso de mulheres. Lá elas ficavam acocoradas enquanto o sangue menstrual escorria de seus corpos sagrados e consagrava a terra. As mulheres acreditavam que esse ato trazia reconexão e a purificação por tudo que aconteceu durante o ciclo. Além disso, o sangue era visto como um biofertilizante.
Esse também era o momento onde recebiam orientações da Grande Deusa. Suas instruções eram aplicadas para favorecer o próximo ciclo, tornando-o farto e próspero.
Nessa época, as correntes machistas e patriarcais tinham pouco destaque e as mulheres eram respeitadas por serem detentoras de muita magia e sabedoria. A figura masculina ainda não havia descoberto que participava do processo gestacional.
Você consegue imaginar que naquele período não existia uma explicação cientifica para que as mulheres aparecessem com a barriga grande e posteriormente dessem à luz a uma criança? Isso fazia com que as mulheres fossem respeitadas e consideradas Deusas.
Durante o ritual, elas cantavam e compartilhavam suas experiências entre si. É exatamente por isso que, reforçavam a ideia de que a menstruação era um momento de muita magia, expansão dos saberes e contato com o campo divino e espiritual.
O FIM DO RITUAL – PROFECIA QUE ENCERROU TEMPORARIAMENTE A RECONEXÃO
O povo Lakota é oriundo da tribo norte americana Sioux e lutou por muitos anos para ter seu território reconhecido. No entanto, de nada adiantou! Suas mulheres profetizaram que quando deixassem de devolver o sangue para a terra, os homens seriam remetidos a um período caótico.
Com isso, iniciaram vários combates e o derramamento de sangue foi utilizado como razão para devolver as necessidades nutricionais da terra. A profecia também dizia que quando as mulheres voltassem a plantar a lua, o sangue derramado violentamente já não teria mais sentido.
O RITUAL EM DIFERENTES CULTURAS
Na antiguidade, as diferentes culturas e lugares fez com que o ritual fosse praticado de formas diferente. Mas uma coisa unificava tudo! A relação entre as mulheres e o sangue era vista como sagrada.
Com o desenrolar da sociedade, esse conceito foi se perdendo pouco a pouco. Além de ser um processo demorado, plantar a lua é algo bastante individual e introspectivo.
Com o tempo, foram surgindo dificuldades em manter a pratica e as mulheres passaram a usar os paninhos (um tipo de absorvente feito de pano). Na fase inicial, quando os panos ficavam muito úmidos, as mulheres os lavavam com a água do rio e, querendo ou não, devolviam o sangue a terra por meio da água.
O tempo foi passando e com a chegada da era neolítica, houveram mudanças drásticas no âmbito social, político e cultural. Isso fez com que as mulheres perdessem a visão sagrada que tinham sobre seus corpos e passassem a enxergar o sangue menstrual como algo nojento.
Até hoje muitos tabus existem em torno da menstruação. A forma como a sociedade tenta moldar o modo como as mulheres se enxergam e são vistas passa por esse aspecto.
Se aproveitando disso, a indústria farmacêutica lançou os absorventes descartáveis, que prometem mais higiene. Dessa forma, ela empurra ainda mais a menstruação para o conceito de “nojento”.
Algumas pessoas podem até acreditar que isso é uma coincidência, no entanto, foi exatamente por conta dessa indústria que as mulheres perderam completamente sua conexão com a natureza e o sagrado feminino.
Isso criou a imagem de que o ciclo é algo estressante e desagradável. Infelizmente, essas ideias vêm sendo perpetuadas ao longo de muitos anos. Além do que o machismo e o patriarcado ajudam a reforça-las ainda mais.
Apesar da palavra “menstruar” derivar da palavra “mês”, definida pelo calendário gregoriano, vale lembrar que o ciclo menstrual é baseado em 28 dias. Ou seja, se assemelha as fases da lua. Por isso, se fossemos readequar o termo, não seria certo falar menstruar e sim lunar!
A VOLTA DO PLANTAR DA LUA
Graças as Deusas, estamos atravessando um período em que muitas mulheres estão preocupadas em se reconectar com o sagrado feminino. Isso faz com que as práticas ancestrais sejam resgatadas e possibilitem a reconexão de cada mulher com a sua deusa interior.
Essa sabedoria permite que, sejamos mais atuantes espiritualmente. Além disso, é possível compreender com mais profundidade as nossas emoções e os sinais emitidos pelo nosso corpo no decorrer do ciclo.
Além de ser um grande ato de respeito, plantar a lua é reconhecer nossa forma cíclica. O ritual permite a purificação, o desprendimento e o agradecimento por mais um ciclo que se encerra. Isso permite a conexão com a Grande Deusa e estimula nossa essência.
Entenda que durante o seu período lunar (menstrual), o sangue simboliza o desapego de todas as experiências vividas durante o ciclo. Ele também representa a chegada de uma nova fase.
Ao plantar a lua você se aproxima mais da Deusa e ela permite que a sua intuição desperte de forma mais assertiva. Isso te faz relembrar todo o poder ancestral que corre em suas veias, capaz de nutrir as plantas que brotam na terra. Absorver esse conceito vai te fazer agradecer infinitamente por essa dádiva.
Outro aspecto interessante é que as mulheres que plantam a lua conseguem regular a menstruação. Isso acontece porque presenteiam a terra com força vital e em retribuição a deusa cuida para que você esteja em sintonia total com a natureza.
SAIBA COMO ADERIR A ESSE RITUAL E COMO VOCÊ PODE PLANTAR A LUA
Para aderir você só precisa expandir a consciência e abraçar sem julgamentos essa pratica. Isso também indica que deve olhar para seu interior com mais respeito e empatia.
Para plantar a lua, se apegue a intuição, tendo em vista que não existem regras nesse processo. Ainda assim, decidi dar algumas sugestões para que esse momento seja realmente mágico!
O uso de um coletor menstrual pode te ajudar bastante. Se você ainda não sabe o que é, vale pesquisar os benefícios (entre eles estão: controle do lixo descartado e diminuição de alergias). Com o coletor vá acumulando em um recipiente de vidro o sangue.
Para evitar a coagulação ou o cheiro forte, o ideal é refrigera-lo. Não precisa ter medo! O seu sangue é limpo e não vai contaminara geladeira! Quem usa absorventes de pano também pode guardar a água do enxague.
Absorventes descartáveis não devem ser utilizados nesse processo! Isso porque possuem muita química na composição.
Agora vamos ao ritual!
- No último dia da lunação dilua o sangue em 2/3 de água!
- Se quiser monte um pequeno altar com cristais, incensos e figuras femininas ancestrais.
- Inicie uma meditação focada em seu útero.
- Caso tenha um jardim, ajoelhe-se na terra e agradeça pelas vivencias do ciclo. Se não tiver pode fazer o ritual em vasinhos de planta.
- Vibre gratidão pelos aprendizados!
- Em seguida derrame o sangue mentalizando o encerramento do ciclo!
- Encerre meditando e pedindo sabedoria para encarar a nova fase!
Jornalista, redatora, gerenciadora de mídias sociais e astróloga! Sempre antenada com as trends digitais e novidades relacionadas ao bem-estar humano!