3 dicas para melhorar sua inteligência emocional
Inteligência emocional é um conceito relacionado com a chamada “inteligência social”, presente na psicologia e criado pelo psicólogo estadunidense Daniel Goleman. Um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade.
Se tudo o que você conhece sobre sentimentos são as palavras “feliz, triste ou zangado”, então prepare-se para aprender a SENTIR MAIS.
EQ, o índice que mede a inteligência emocional de uma pessoa, é o irmão subestimado e ofuscado do famoso QI. Mas não deveria ser.
Em 2016, a Fast Company chamou o EQ de uma das habilidades profissionais que mais crescem , e que os gerentes de contratação valorizam mais que o QI.
De acordo com o Relatório Futuro dos Empregos do Fórum Econômico Mundial , a inteligência emocional será uma das 10 principais habilidades para o trabalho em 2020.
Mas afinal de contas, qual é a vantagem de estar emocionalmente afinado?
Pessoas com EQ compreendem e simpatizam melhor com os outros, tornando-as melhores e mais atenciosas.
Aumentar o seu EQ pode significar sair um pouco da sua zona de conforto. Por exemplo, até recentemente, uma suposição de longa data afirmava que todas as emoções caíam em um dos seis maiores grupos de emoções: felicidade, tristeza, raiva, surpresa, medo e nojo.
De acordo com um estudo de 2017 realizado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, isso está muito longe da realidade.
Os pesquisadores identificaram não seis, mas 27 emoções diferentes: diversão, constrangimento, adoração, admiração, alegria, reverência, desejo, apreciação estética, calma, atração, nostalgia, confusão, ansiedade, medo, horror, repulsa, desejo sexual, romance, raiva, dor, tristeza, surpresa, alívio, emoção, interesse, satisfação e tédio.
Agora que você entende a importância do EQ, vamos mergulhar em como podemos tornar o mundo um lugar emocionalmente mais inteligente, não é?
Aumentando a inteligência emocional em 1, 2, 3…
A neurocientista e psicóloga Lisa Feldman Barrett apresentou três etapas para aumentar sua inteligência em seu livro “Como as emoções são feitas: a vida secreta do cérebro”. Aqui estão eles, de forma resumida:
Reconheça uma grande variedade de emoções
Lisa chama isso de “granularidade emocional”. Se tudo que você consegue identificar é “eu estou feliz” e “eu estou triste”, tudo o que você sentirá será felicidade ou tristeza.
Depois de dar às 27 emoções (e mais! Por que não?) um pouco de atenção, você começará a explorar a granularidade dos sentimentos.
“Seu cérebro terá muito mais opções para perceber emoções, fornecendo as ferramentas para respostas mais flexíveis e funcionais às circunstâncias”.
Lisa Barrett
Aprenda novas palavras para emoções específicas
Os noruegueses têm uma palavra para a intensa alegria de se apaixonar: “forelsket”.
Se você está pensando que essa é apenas uma maneira elegante de dizer em êxtase, pense comigo. As palavras arrependimento e mágoa são a mesma coisa? Claro que não. No entanto, essas duas palavras se transformam em “tristeza”.
Outro exemplo legal é palavra saudade. Você sabia que o termo é um dos substantivos abstratos mais difíceis de traduzir para outras línguas? Nenhuma expressão estrangeira definem tão bem o sentimento luso-brasileiro de saudade.
Depois de aprender novas palavras para emoções específicas, você pode continuar expandindo sua granularidade emocional.
“Você provavelmente nunca pensou em aprender palavras como um caminho para uma maior saúde emocional, mas este conceito vem diretamente da neurociência da construção.
Portanto, quanto mais refinado for o seu vocabulário, mais precisamente o seu cérebro previsível poderá calibrar as necessidades do seu corpo.
De fato, as pessoas que exibem maior granularidade emocional vão ao médico com menos frequência, usam medicamentos com menos frequência e se recuperam mais fácil de algumas doenças “.
Lisa Barrett
Crie novas emoções
Quem disse que você não pode? Se você não tem uma palavra para um certo sentimento que experimenta, nomeá-lo pode torná-lo real, expandindo ainda mais sua granularidade emocional.
Onde isso acaba ?!
Palavras são construídas. Escute seu corpo quando perceber as sensações; não dependa necessariamente de um dicionário para lhe contar o que está acontecendo.
Seguindo estas três dicas, você conseguirá melhorar efetivamente sua inteligência emocional e ainda vai aprender a se entender melhor. Não é legal?
Você conhece alguma outra dica para melhorar a inteligência emocional? Conta pra gente!
Fonte: Curiosity
Paula Muniz colabora com o Awebic em comportamento.